domingo, 11 de novembro de 2012

"CONHECER E TRATAR COM PESSOAS PRECISA HABILIDADE, NÃO É PARA QUALQUER UM"


Texto - Max Gehringer 
 

Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente. 
Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. 
Figuras como o Raul. Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. 
Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer  um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim. 
Já o Raul, nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. 
Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. 
Deu no que deu... O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas. 
No dia da  formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'. 
E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo. Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. 
Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. 
E quem era o chefe do Pena? 
O Raul. 
E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? 
Ninguém na empresa sabia explicar direito. 
O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. 
Além  disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.   
Alguém tinha um problema? 
Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito. 
Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. 
Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. 
Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. 
E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. 
Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta. 
O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer. 
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-Presidente de Recursos Humanos da empresa do Raul. 
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável: ...ele entendia de gente! 
Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos. 
E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: 
'Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo'. 
Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. 
Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio. 
Essa era a principal competência dele. 

 "Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes.”


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Quando penso...


Quando penso em você me sinto flutuar,
me sinto alcançar as nuvens,
tocar as estrelas, morar no céu...

Tento apenas superar

a imensa saudade que me arrasa o coração,
mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser.

Lembrando dos momentos

em que juntos nosso amor se conjugava
em uma só pessoa, nós ...

É através desse tal sentimento, a saudade,

que sobrevivo quando estou longe de você.
Ela é o alimento do amor que encontra-se distante...

A delicadeza de tuas palavras

contrasta com a imensidão do teu sentimento.
Meu ciúme se abranda com tuas juras
e promessas de amor eterno.

A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.

A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...

E nesse momento de saudade,

quando penso em você,
quando tudo está machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...

Tudo isso acontece porque amo e penso em você...
 
(William Shakespeare)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

BORBOLETAS



Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.


Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.


As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.


Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.


Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.


O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.


No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

(Mário Quintana)